Carol Bispo é fundadora, pesquisadora e sonhadora — mas também é quem demite, reconstrói e não desiste.

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Com o lema de trabalho e fé, sua trajetória começa no subúrbio do Rio de Janeiro e atravessa fronteiras, fazendo morada em Cruzeiro do Sul, no Acre, e ganhando as ruas e o subway de Manhattan em Nova York.

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Desde 2016, atua com mulheres encarceradas e egressas, fundando uma das primeiras organizações negras voltadas ao desencarceramento feminino no Brasil – a Elas Existem.

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Criou o conceito de etnografia do acúmulo, onde a escuta, a escrita e a memória se tornam ferramentas de cura e denúncia. Carol acredita no jazz etnográfico como método de resistência: um improviso com raiz, onde a dor vira som, palavra, futuro.

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Com presença em mais de 18 presídios, já levou a voz das mulheres à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, à ONU, à Human Rights Watch e a iniciativas no Brasil, Colômbia, México, Canadá e Reino Unido.

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É uma liderança afetiva que aposta na redução de danos como estratégia política e no poder do coletivo para ressignificar histórias.

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Hoje, se preparando para o Doutorado em Sociologia e Direito da Universidade Federal Fluminense e com sua atuação em consultorias, formações e projetos internacionais, ajuda outras mulheres a não só sobreviverem, mas a reinventarem suas potências — vivendo com dignidade dentro e fora das grades.